No post anterior eu disse que definitivamente, alegria faz bem ao coração.
E continuo achando isso.
Só um fato relevante me fez ter uma reflexão mais profunda sobre alegria e tristeza.
Uma amiga muito querida e amada acaba de perder seu pai, e estava com ela ao telefone conversando sobre isso... Vida, morte, alegria, tristeza, dor...
Hoje de madrugada, caiu um trovão tão forte aqui perto de casa, que acordei e corri para a janela do meu quarto achando que tinha caído algum prédio e que estava começando uma guerra... JURO !!
Até eu me dar conta de que havia sido um trovão... foram alguns minutinhos.
E ainda com o coração acelerado do susto, fiquei pensando na minha amiga e na sua perda.
Perder Pai e Mãe, não importa a idade deixa-nos órfãos.
Acho que a sensação deve ser de que o mundo não é mais um lugar seguro de se viver.
E conversando com ela, dividi essa impressão e ela - que é uma psicanalista brilhante e preparada, confirmou essa impressão... essa perda nos traz a sensação de insegurança perante à vida e as coisas do mundo.
Nossa conversa continuou e minha reflexão também.
Hoje no twitter comentei sobre o fato do cantor baiano Netinho ter dito que Ivete Sangalo "acha" que é feliz, mas que na verdade não é.
Nem vou entrar nesse mérito, pois já fiz os devidos comentários hoje de tarde no twitter sobre o assunto, mas esse fato me levou a pensar que grande parte das pessoas vivem anestesiadas num misto de catarse de furor e alegria.
Na minha humilde opinião - derivada da minha experiência pessoal - devemos entrar sim em contato com nossas dores sem medo. Como disse no post anterior, o medo é maior que o problema na grande maioria das vezes.
Entrar em contato com nossas dores faz brotar nossa Humanidade, nossa conexão uns com os outros.
Porque nem todo mundo é alegre e capaz de sorrir alegremente todos os dias... Mas todos nós estamos conectados pela dor da Alma, mesmo que finjamos desconhecê-las.
E penso que é na dor que Deus vem ao nosso encontro, não porque Ele quer nos ver sofrer. De forma alguma, mas é porque quando estamos sofrendo nos despojamos de nossas máscaras, da nossa persona e entramos em contato com o âmago de nossa Alma... e lá está Deus, a parte Dele que vive em nós. E então, podemos superar a dor e conseguir sobreviver, e pouco a pouco ir levantando e um dia voltamos à sorrir.
Qualquer dor é assim.
A magnitude da dor não é o acontecimento que determina... Talvez seja a intensidade do nosso sentimento, ou a nossa capacidade de entrar em contato com ela...
Não sei.
Todos temos pequenas mortes todos os dias.
De afetos, de hábitos, de sentimentos...
Perdemos pessoas para a vida, e é claro perdemos pessoas para a morte, o tão temido mistério do existir...
O fim ou começo.
Enfim...
Sou tão em contato com as minhas dores, que tem dia que parece dolorido viver.
Drama ?
tenha certeza que não.
Intensidade ? Com absoluta certeza.
Talvez essa seja minha característica mais marcante... Intensidade.
Me conheço bem... não adianta negar o que sou.
"Para ser grande, sê inteiro, nada teu exagera ou exclui..." já disse Fernando Pessoa.
Mas é no encontro com minhas dores que Ele está me esperando, SEMPRE.
E há sempre uma boa supresa sendo revelada sobre mim mesma. Deus complica, descomplica e depois explica. Explica e nos faz compreender que Nele tudo há razão.
Viver a espiritualidade a fundo é uma delícia.
É uma convivência que não Se esgota, maravilhosa que me faz curiosa, sedenta e por vezes impaciente.
Deus é plenitude e eu amo demais tudo isso que Ele me faz.
Ando reflexiva e profunda esses dias... deve ser pra compensar a frivolidade do Carnaval... que é bom também, né ?
Essa sou eu... caleidoscópica!
Xô dormir.
Cartas para Redação.
Bjo, me twitta!
@patmguerra
Get it right
Glee
http://letras.terra.com.br/glee/1841348/
"(...)
What can you do when your good isn't good enough
And all that you touch tumbles down
Cause my best intentions keep making a mess of things
I just wanna fix it somehow
But how many times will it take? oh how many times will it take for me
To get it right? to get it right
(...) "