15 de setembro de 2008

Réu e Juiz

Segundo o Wikipedia: "Juízo é o processo que conduz ao estabelecimento das relações significativas entre conceitos, que conduzem ao pensamento lógico objetivando alcançar uma integração significativa, que possibilite uma atitude racional frente as necessidades do momento. E julgar é, nesse caso, estabelecer uma relação entre conceitos. A natureza do Juízo consiste em afirmar uma coisa de outra, diz Aristóteles. O Juízo encerra, pois, três elementos: duas idéias e uma afirmação. A idéia da qual se afirma alguma coisa chama-se sujeito. A idéia que se afirma do sujeito chama-se atributo ou predicado. Quanto à própria afirmação, representa-se pelo verbo é, chamado cópula, porque une o atributo ao sujeito." Somos todos juízes e réus ao mesmo tempo. Por mais que possamos evitar fazer juízos de valor, mal juízos ou julgamento equivocados, há certos momentos em que não podemos nos calar... pelo menos com a nossa consciência. Já disse Martin Luther King: "O que me assusta não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons." E não vou me calar no dia de hoje, em que fiquei - sinceramente - decepcionada com uma amiga ao vê-la tecer tantos julgamento de uma só vez. Foi um atrás do outro... como se nós tivéssemos "sangue azul" . E se - ainda assim - fóssemos da família real, como se isso fosse nos deixar acima do bem e do mal, nos livrar de infortúnios, decepções, sofrimentos, ignorâncias - que fazem parte da existência humana. Quer saber ? Vejo agora, que o meu espanto não foi com os julgamentos... E sim de perceber tamanha ignorância e por que não dizer cegueira... Acho que sempre temos de querer o que é melhor para nós. Sempre. Mas quem é que "julga" o que é melhor ? Há quem pertence essa definição ? Do que é melhor para mim ?? Para você ?? Cuidado com essa pergunta e mais cuidado ainda com a resposta, que na minha opinião não há. É conjunto vazio - como diria um professor de matemática. Porque o que é bom hoje, pode não mais sê-lo amanhã. O que era bom há 18 anos atrás hoje pode ser ruim. Ou não. A mudança das coisas, a dança da vida, a transitoriedade existêncial é inerente a toda e qualquer vida. Mas é preciso encarar a mudança sem colocar "na mesa" o fator tempo. Pois há tempo para tudo na vida, como sabiamente diz-se no Eclesiastes. E as coisas acontecem em tempo próprio... e não no tempo que nós " estabelecemos" ... Hahaha até parece que funciona assim. É como eu vivo dizendo, muitas pessoas estão indo numa direção pra lá de equivocada em nome de uma ansiedade e medo, de ficarem sozinhas. E quendo "finalmente" não estão mais "sozinhas"... coitado daqueles que "continuam" sozinhos... Porque aí haja regra para se seguir para se "dar bem". Olhe ... é como eu digo... só rindo, viu ? Ps. Perdoem o uso de tantas aspas... mas foi realmente necessário... If know what I mean.

1 comentários:

Marcela Oliva disse...

Acredito que podemos resumir tudo isso a uma coisa: discurso pronto que repetido várias vezes vira uma verdade inventada. Fala-se tanto para tentar assimilar algo que idealizado e normalmente não é verdadeiro.

Juízes, Réus, todos estamos nas mesmas posições... infelizmente é quando tomamos decisões só olhando para fora... sem ver para dentro, sem olhar no espelho...

Falar é fácil... difícil é enconstar a cabeça no travesseiro!

bjo-bjo