Ontem fui ao cinema assistir Se Beber Não Case.
O filme é bonzinho.
Aquele roteiro meio retalho, que você percebe que foi sendo costurado aos poucos.
Além de ser estrelado por Bradley Cooper que é o the next best thing the Hollywood, o filme garante boas risadas.
Principalmente no final, eu tive uma crise de gargalhadas, porque crise de riso tive no meio do filme.
Me lembrei com muito carinho de algumas - das muitas- aventuras que passei ao lado de pessoas que tenho muito amor: Minhas amigas.
Naquele momento lembrei de algumas aventuras particulares com Fernanda, Luciana, Larissa, Andréa, Kiki e Débora.
São amigas de longa data.
Nos conhecemos há muitos anos.
E dos meus 20 aos quase trinta aprontamos muito.
Os vinte anos, são aqueles anos de transição entre o a saída da adolescência e a entrada na fase adulta. São nesses anos que a gente comete as maiores - e melhores - besteiras da vida.
Tenho incontáveis memórias, de festas, baladas, mas também de simples momentos que desencadeavam aquela sessão de riso que nunca mais acabava.
Numa época em que não existia orkut, twitter ou blogs pra ilustrar tudo o que a gente passava, nossas melhores lembranças ficaram mesmo nas nossas memórias e em algumas poucas fotos - comparando com os dias de hoje, eram poucas fotos. Mas para nós era mais do que suficiente para garantir tardes e noites de muita risada e conversa ao recordar das nossas aventuras.
Foram festas à fantasias, Carnabelôs, Fortais, Carnavais, Le Zodiac's, Arraial... não como é hoje.
Não sei se eu que estou ficando velha ou se as coisas estão ficando sem limites.
Talvez um pouco dos dois.
Parece que antes as farras eram mais light, mais ingênuas...pelo menos na nossa galera.
São lembranças que me levam a um Amor profundo e que não revelamos sempre, ou não falamos sempre.
A delicia de ser o que somos.
A dor é um poço fecundo de assuntos.
Como eu disse à uma amiga, a dor revela muito de nós, por isso que a maioria evita ir fundo, ver o que tem lá embaixo. Descortinar toda aquele monte de tralha emocional que só nos puxa pra baixo. E ai focamos na vida alheia, nos defeitos alheios, fingindo que nossa vida é um passeio no parque.
Desculpa, a vida não é um passeio no parque o tempo todo.
Pra quem fica sentado na beirinha, só com os pés na "água", pode até ser.
Mas para que se joga, inteiro, não é.
É mais enriquecedor do que isso. Não é pouco.
Mas cada um com seu cada um.
Sou a favor da diversisdade, até porque toda unanimidade é burra.
A delicia de ser o que é poucos falam.
A gente gosta é de dizer das nossas fraquezas. Porque aparentemente falar delas nos enobrece.
Tsc Tsc Tsc...
E vou dizer aqui sem nenhuma falsa modéstia, porque diferentemente de outros post, em que exponho minhas dores - que são causadas por minhas fraquezas e ignorâncias - vou falar da minha parte boa.
É uma delícia sem quem eu sou.
Eu sou a soma de tudo que já vivi.
Um mosaico super hiper mega colorido.
Como diria Ludmilla Rohr - Tudo menos bege!!!
Caleidoscópica, como bem definiu Vanessa.
Composta harmoniosamente pela mão do Criador.
(Tá achando ruim?
Reclama com Deus, pois sou apenas criatura.
Tem uma Mão Maior que me fez e me governa.)
E definitivamente não sou entediante.
Eu me desafio todo dia.
Desafio minhas fraquezas e qualidades a todo momento.
E tenho percebido que com a Luz que advém do Cristo, ilumina o meu ser, me permitindo enxergar com clareza o que Eu Sou.
Não sou perfeita, mas adoro Harmonia.
Detesto mediocridade e vitimismo.
Essas duas características são como mentiras sinceras. White Lies.
Não me acho vítima de nada e muito menos medíocre.
Se tá tudo muito "no conforme", pode esperar que vou fazer alguma coisa pra mudar a figura maior.
"Ora, Patrícia, você acaba de dizer que gosta de harmonia, onde está a Harmonia nisso ?? "
Olha aonde ela está eu não sei, mas posso dizer onde ela não está.
Ela não está na mediocridade.
Não está no vitimismo.
Não está em quem mente pra si mesmo e se esconde de si mesmo focando na vida do outro.
Não está na uninimidade, pois ela não está na burrice.
As aventuras vividas com minhas queridas amigas, sempre foram coloridas com emoção, afeto, intensidade, riso e muito, muito Amor.
Ajudaram a compor e compõem até hoje, o mosaico colorido da história da minha vida.
TREM DAS CORES
(Caetano Veloso)
A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial
2 comentários:
Pat vendo Café Filosofico agora e lendo seu post
tem algo que acho dito assim: o sujeito não
agüenta o real e cria um duplo para isso.
O ser humano precisa de ilusão, o problema
é se confundir com a ilusão.
O afeto necessita de expressão!
Eu simplesmente AMEI o filme Hangover. Assisti 2 vezes no avião indo pra Miami e agora fui ao cinema ver de novo... É sensacional.
A hora do Mike Tyson é impagável
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