4 de agosto de 2010
01:22
A Escolha Nossa de Cada dia
Author:
Patricia Guerra
Demorei uns dias para escrever, porque tenho estado "abafada" no trabalho.
E pra escrever qualquer coisa, eu não começo nem a primeira linha.
E prometi dar uma tréplica às queridas que comentaram o post "O Pecado Nosso de Cada Dia".
Relendo meu post e os comentários acho importante deixar evidenciar uma coisa que talvez não tenha ficado tão claro assim:
O importante nessa discussão toda, é perceber, entender e elucidar a relação que nós temos com nossos espelhos internos.
Não vou entrar no mérito das imagens contruídas para as jovenszinhas, não me sinto na posição de falar disso com propriedade.
Não tenho filhos ainda.
Mas sou filha da mãe... haha com o perdão do trocadilho, viu Gersilda ? (Gersilda = minha mãe)
E da minha experiência posso falar com propriedade.
Acho que só posso de fato, falar disso e de como essa experiência interage com o mundo.
E de tudo que foi dito e escrito, ficou muito forte essa sensação de que queremos que alguém sempre nos dê credenciais para nossas escolhas.
Queremos alguém validando o que escolhemos para nós.
E isso, nem sempre (ou quase nunca) será possível.
Acho sim, que me corpo mudou, está mudando.
Não só porque eu estou mais madura, digamos.
Mas por que a parte interna também mudou, e acho que isso se reflete no corpo,
na maneira de se vestir e até na maneira de andar.
Fiz uma escolha há um tempo atrás, de "afrouxar" o "laço" interno,
pois estava numa fase de transição.
Eu ía escrever "de transformação"... Mas acho que nossa fase de transformação não acaba nunca.
A condição de existir é se transformar.
Queira você ou não.
Mas acho que passamos por períodos, marcos emblemáticos ao longo da vida.
E para mim, em 2009, essa fase foi a Crisma.
Só eu sei, a diferença entre uma Patrícia e outra.
Talvez algumas pessoas possam dizer que perceberam essa diferença.
Mas só eu sei, o quanto de mim teve de morrer, para dar espaço à esse novo período à essa "nova Patricia"
Essa fase começou lá em 2006, tendo uma decepção amorosa como gatilho.
(Cada um tem um gatilho específico, e a vida não erra, sabe bem quais os gatilhos a serem acionados, quando chega a hora de aprender a lição !!)
Muitas crenças e sonhos morreram naquela fase.
E toda morte, seja ela de que natureza for, é dolorosa.
Perda é perda sempre.
Morte é morte.
Mas sempre vem a nova vida.
Estive vendo umas fotos desse período... e gente... Eu estava feia.
Fale o que quiser falar...
Eu estava feia.
F-E-I-A.
Estava do avesso, vivendo minha sombra, enfrentando a Noite Escura da Alma como se diz.
É como se eu tivesse ido à guerra.
Entrei com tudo nela.
De peito aberto.
No primeiro momento não conseguia entender o que estava acontecendo,
mas tão logo me dei conta, me joguei...
E foi aí que folguei o laço.
Recebi dois conselhos de marinheiro, de quem navega:
1. Em tempos de tempestade, folgue os nós, senão a corda arrebenta.
2. Quando enfrentar neblina, vá devagar com o barco, pois a visão é limitada.
Foi isso que eu fiz.
Essas duas dicas tentei seguir à risca.
E agora, que me sinto mais fortalecida e que percebo estar renascendo, estou colocando o barco pra consertar as avarias.
E isso demanda tempo.
Procurei uma nutricionista e essa semana estou voltando às atividades físicas.
Estou voltando à malhar.
Não ganhei peso de um dia para outro, logo não vou perder esse mesmo peso da noite para o dia.
Isso demanda tempo, paciência, disciplina e perseverança.
Cabe a mim escolher se quero ou não fazer essa escolha.
E é isso que eu defendo.
Fique de bem com suas escolhas, até porque elas não são sentenças e podem mudar a qualquer momento.
Seu corpo é sua morada, e é uma merda morar onde não se gosta.
Mas acho que é importante diferenciar a relação que as americanas tem com seus corpos.
Minha amiga Ludmila Rohr - que atualmente mora no Texas, pontuou essa diferença no twitter, de forma brilhante.
As americanas não conhecem seus corpos.
Não sentem seus corpos.
Não são sensuais e sexuais como nós brasileiras.
Nós somos assim naturalmente, sem fazer muito esforço.
E aí, por não terem essa relação com seus corpos, se entopem de comida, não fazem nenhuma atividade física e acabam por serem prisioneiras de si mesmas.
Pois como em qualquer compulsão, não conseguem sair do buraco em que se enfiaram sozinhas.
Difícil mesmo.
Ninguém está pregando aqui, aquela magreza esquálida, quase doente.
Não. De forma alguma.
Mas o corpo (físico, mental e emocional) saudável pede comidas saudáveis, porções sem exageros e atividades físicas - pois quando nos exercitamos produzimos HORMÔNIOS, que são a gasolina do corpo humano.
E quando você se der conta, estará com uma figura mais delgada do que antes.
O corpo é inteligente, nossas células foram feitas para sobreviver.
Se recuperar e sobreviver dos males que lhes são causados é sua tarefa diária.
Nosso problema está na mente. Na cabeça. Na cuca.
Portanto, cuide de sua cabeça, de suas emoções pois são elas que ditam a sua moda.
E não nenhuma revista, site ou modelo e atriz.
Isso é só referencial externo.
E ainda, se quiser lance mão do que está aí disponível pra vc através da medicina estética.
Temos esse direito, de dar esse UP na auto estima.
Quem foi que disse que não pode ?
A diferença entre o veneno e o antídoto é a dose.
Uma pessoa que está em paz, não precisa convencer ninguém de que a paz é a melhor saída.
Ela simplesmente é Paz e todo mundo percebe isso, e o processo flui naturalmente.
Não é fácil e nem estou dizendo que consigo implementar isso.
Como sempre digo: Estou tentando.
Acho que já é um começo.
Cartas para Redação.
Bjo, me twitta.
@patmguerra
Color Esperanza
(Diego Torres)
Sé que hay en tus ojos con solo mirar
que estas cansado de andar y de andar
y caminar girando siempre en un lugar
Sé que las ventanas se pueden abrir
cambiar el aire depende de ti
te ayudara vale la pena una vez más
Saber que se puede querer que se pueda
quitarse los miedos sacarlos afuera
pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazón
Es mejor perderse que nunca embarcar
mejor tentarse a dejar de intentar
aunque ya ves que no es tan fácil empezar
Sé que lo imposible se puede lograr
que la tristeza algún día se irá
y así será la vida cambia y cambiará
Sentirás que el alma vuela
por cantar una vez más
Vale más poder brillar
Que solo buscar ver el sol
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3 comentários:
gostei de tudo o que vc disse.
lindo.
bj
@piticanella
Eu sempre digo q o cara que inventar uma fórmula para curar um coração partido, vai ser o mais rico do mundo!
O que vou dizer aqui, pode parecer depoimento do programa de Márcia, mas me sinto muuuito à vontade nesse espaço...então lá vai:
Sofrer por um amor, foi a coisa mais dolorosa q já passei em minha vida... e a dor é física mesmo!
Perdi "pedaços" de mim que não encontrei mais. Me reconstruo a cada dia, mas não sei se algumas marcas vão sair.
Maltratei o meu corpo e a minha alma.. por mais q eu tentasse me reerguer, parecia que o poço tinha um fundo falso e eu poderia descer mais um tanto.
Só depois q tudo passa, é que percebemos o tempo q perdemos e a infinidade de coisas melhores q aparecem em nossas vidas.
Gorda, magra, penteada, desalinhada.. nada se compara à paz de espírito!
Mas saúde é fundamental e temos obrigação de cuidar do nosso santuário, pois ele guarda a força e a solução para tudo...tá lá dentro, é só olhá-Lo.
Te amo, amiga!
Pat, amei esse texto e amei o Blog, super bacana !! Virei aqui sempre pra ler seus textos maravilhosos !! bjs Pri
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