2 de abril de 2008

Fênix




Estamos de vooooolta... como diria Pedro Bial !!!

Fiquei uns dias fora do ar.
Foi necessário.
Dei meu grito: - Pára o mundo que eu quero descer !!!!!!!!!!!
Tudo parecia estar no compasso errado, fora do lugar.
Então, mudei de lugar pra ter uma perspectiva diferente.

Fui pra São Paulo... fui pra Matrix.
Só que desta vez, a Matrix me fez bem... e como !

Um pouco de colo aqui e ali,
carinho de irmão,
beijo e abraço de sobrinho,
risos e carinho com tantos amigos,
um pouquinho de frio,
compras (claro!),
um pouco de cachaça (opaaa!)
e uma dose dupla de energização de cristais (Salve Walmir!)...

Misture tudo isso dentro de uma pessoa machucada, cansada e quase descrente, embale com uma boa dose de sonecas e pronto. Surge a Fênix das cinzas.

Eu precisava destes dias comigo.
É como diz o poeta Rodrigo Faria:
" Foi para repensar a luz, que eu precisei de tanto quarto escuro".

E eu repensei a minha vida.
Não achei nenhuma resposta assim prática.
Mas tomei algumas decisões.

A gente fica abrindo exceção para pequenos venenos diários em nome de boa convivência, de indecisão, ou de sei lá o quê !!!
Não abro mais mão do meu bem estar, do meu bem querer por mim mesma.
" Nem por você, nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos..."

Fui fundo dentro de mim.
Fui lá, em lembranças que eu tinha medo de ter.
Medo que elas ainda doessem.
E elas realmente estavam lá.
Mas não eram mais dor.
Eram só lembranças do que passou.

Eu estava me sentindo amarga. Ferida.
Mas acho que isso se deve à minha credulidade.
Eu acredito nas pessoas. De verdade.
E a decepção vem, inexorável.

E eu caio. Me espatifo no chão.
O cristal se quebra. Voa cacos pra tudo que é lado.

Mas nada é para sempre.
Não há mal que sempre dure e bem que nunca se acabe.
E depois de entrar em auto-combustão, eu volto à vida.
Depois de mergulhar em mim. Volto à superfície.

Ressurge a Fênix.
E realmente, mais inteira.
Mais completa.
Mais lúcida e menos apaixonada.
Mais racional e ponderada.

Estou me sentindo em Paz.
E não vou abrir mão disso.
Da minha Paz.
Abro mão do que você quiser. Menos da minha paz.
Porque com essa Paz que estou sentindo, sou capaz de enfrentar o mundo.
Sou capaz de me reinventar, me recriar.
Não sei por onde começar. Mas o caminho vai se abrir.
Eu sei que vai.

Ps. A fênix ou fénix (em grego ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes.


Fênix
(Jorge Vercilo)

Eu, prisioneiro meu
Descobri no breu
Uma constelação

Céus,conheci os céus
Pelos olhos seus
Véu de contemplação
Deus,condenado eu fui
A forjar o amor
No aço do rancor
E a transpor as leis
Mesquinhas dos mortais
Vou entre a redenção
E o esplendord
e por você viver
Sim,quis sair de mim
Esquecer quem sou
E respirar por ti
E assim transpor as leis
Mesquinhas dos mortais
Agoniza virgem Fênix
O amor entre cinzas, arco-íris e esplendor
Por viver às juras de satisfazer ao ego mortal
Coisa pequenina,
Centelha divina,
Renasceu das cinzas
Onde foi ruína
Pássaro ferido
Hoje é paraíso
Luz da minha vida,
Pedra de alquimia
Tudo o que eu queria
Renascer das cinzas
Quando o frio vem nos aquecer o coração
Quando a noite faz nascer a luz da escuridão
e a dor revela a mais esplêndida emoção
O amor... "

1 comentários:

Marcela Oliva disse...

Me emocionei com seu post de hoje. Vi vc antes de ir para Sampa e agora, renascida, renovada, ressurgida das cinzas. Vc está outra, amiga! E está LINDA!

Love U

bjo-bjo