26 de abril de 2008

Caixas, Malas e Bagagens





Há 2 anos atrás, minha mudança chegava de São Paulo.
Coloquei todas as caixas num depósito na empresa de meu pai.
De vez em quando eu pegava alguma coisinha aqui, outra ali.
Mas hoje, fui lá, com minha fiel escudeira - Marcelinha e colocamos tudo à baixo.

Venho planejando isso há meses, pois sentia uma necessidade interna de fazer essa arrumação, mas sempre aparecia alguma coisa pra fazer ou me impedir de ir lá.

É preciso jogar fora o velho, pra dar lugar ao novo. Até sonhos tive com isso.
Hoje, finalmente fui lá, encarar aquele montão de caixas empoeiradas e cheias de pedaços da minha história, da minha vida.

É impressionante o tanto de coisas que a gente acumula ao longo do tempo.
Nos apegamos a certas coisas sei lá porque.
Hoje, descobri que muitas coisas perdem importância, principalmente quando a gente muda por dentro.

Joguei tanta coisa fora, que vocês nem imaginam.
Eram umas 15 caixas imensas.
Sobraram 6.

Em determinado momento, me peguei pensando: Isso não sou mais eu. Essa fase realmente passou.
Vi tantas fotos, livros, roupas, pedaços de memória que estavam lá, só segurando energia do passado.
Libertei muitos fantasmas hoje, ao jogar tanta coisa fora.

Saldo ??
Uma rinite absurda, angustia de me dar conta de que tudo passa e o tempo voa, mas me sinto 1000kgs mais leve - e um polaramine depois estou aqui em cima da cama que nem um boi abatido... hoje só vai dar pra dormir mesmo.

Tendo A Lua
Paralamas Do Sucesso

Eu hoje joguei tanta coisa fora

Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de ícaro tem mais poesia que o de galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.
Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.


3 comentários:

Marcela Oliva disse...

Pois é... como aconteceu no último ano, (e certeza se repetirá por muito tempo) estivemos juntas em mais um momento importante na vida uma da outra!

Há mtas formas de ver a vida, Pat, e hj, depois de tanta limpeza, de fora para dentro, de dentro para fora, vc está vivendo e enxergando de uma forma diferente. Como mesmo disse, mais leve... e a rinite vai passar logo logo...

bjo-bjo

Anônimo disse...

É muito bom mesmo fazer estas faxinas, dá uma leveza para a alma, muito embora quase sempre pese para o nariz. rsrsrs

Esta música "Tendo a Lua" é uma das minhas prediletas. ;)

Beijos!

PS.: Achei seu blog hoje! Adicionei ao meu.

Renata Tapioca disse...

Adorei a foto e o tema!!!( a foto me fez lembrar a bruxa do mágico de Oz que morreu debaixo da casa e os sapatinhos ficaram de fora...os sapatinhos eram mágicos e depois de muito sofrimento levaram a Dorothy devolta para casa...rs)

Faxina já é difícil, faxinar a vida então é duro! Mas realmente todo mundo deveria limpar o que ficou para trás até para lembrar do que realmente fez diferença e valorizar o que tem de fato importância...
bjsss