8 de fevereiro de 2011

Lição da semana



Lição da Semana: Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro.

Devido à questões que vão além da minha capacidade de compreensão, ficarei uns dias sem postar aqui.
Melhor.
Pra mim e pra todo mundo.
Em breve retornaremos.

Por enquanto, segue abaixo, um texto do site http://centro-rosacruz.com/crcmh1_053.htm
Vale a leitura pra refletir.
Até mais ver.


O Silêncio é de Ouro.


O silêncio á a ausência de som e de palavra. 

Muitas das conversações comuns são desnecessárias, insensatas e maliciosas. Quando se utiliza a palavra falsa, exagerada, caluniosa, então o silêncio é de ouro. Porque as palavras são poderosas, são mágicas. 

Foi através da Palavra que Deus iniciou a criação do Mundo: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus...todas as coisas foram feitas por ele”. [1] 

Os magos utilizam-nas porque crêem que elas têm uma carga energética, que lhes dá o poder de realizar o que pretendem. Acreditam também que a invocação de nomes e poderes de algumas entidades, atrai à terra as suas influências. 

Cada palavra proferida gera uma pequena forma em matéria etérica, tal qual o faz um pensamento na matéria mental. As vibrações sonoras têm um grande poder sobre a matéria concreta. Podem criar ou destruir. As vibrações produzem formas geométricas, sempre a mesma forma para o mesmo som. 

Quando utilizamos palavras, reforçamos as qualidades a que se referem, quer nas pessoas quer no ambiente que nos rodeia. As palavras relacionadas com as qualidades desejáveis produzem formas agradáveis, ao passo que as associadas às qualidades más, produzem formas desagradáveis. Se a nossa linguagem for descuidada e inculta, rodeamo-nos de uma atmosfera de formas sonoras desagradáveis que reagem constantemente e negativamente sobre nós. Os próprios nomes das coisas e das pessoas não são arbitrários, representam características que se consolidam à medida que são pronunciados. 

A responsabilidade do aspirante ao Conhecimento é maior. Nesse sentido, deve vigiar a sua maneira de falar, bem como o assunto, por forma a que seja amável, agradável, correcta e livre de desconsideração e exagero. As suas palavras devem ser bem escolhidas e bem pronunciadas, pois uma palavra uma vez dita, não mais é apagada. Segundo Helena Blavatsky, 

“Uma palavra brusca dita em vidas passadas não se perde, mas renasce sempre...”[2]

“A boa palavra pode curar, erguer o ânimo, inspirar, fortalecer, confortar, orientar, dissuadir do mal, persuadir ao bem, reconciliar, perdoar, fazer compreender, iluminar... 

Estas são as autênticas palavras de sabedoria e amor, substância de oração, que abençoam não só aqueles a quem se dirigem, mas o próprio que as pronuncia.” escreveu António de Macedo em Laboratório Mágico.
 
Em todos os ensinamentos, orientais e ocidentais, se verifica a preocupação com as palavras proferidas, porque as palavras negativas aumentam as forças do mal. Contribuem também para atrasar a nossa evolução e a libertação de Cristo. 

“Governa os lábios, pois são os portais do palácio do Rei interno; tranquilas, formosas e corteses sejam todas as palavras ditas naquela presença.” [3] 

Na oração do estudante Rosacruz também pedimos a Deus 

“Que as palavras por nós proferidas...sejam sempre agradáveis em Sua presença...” 

“Se a palavra que vais dizer não é mais bela do que o silêncio, não a digas.”[4] 

“As palavras que jamais foram pronunciadas são as flores do silêncio.” [5] 

Se acreditamos que somos Cristos em formação, e que há um Eu superior dentro de nós, sempre presente, temos de cuidar que tudo o que saia da nossa boca sejam pensamentos de ouro, expressos em palavras de ouro. E, a não ser que o que se pretende dizer seja verdadeiro agradável e útil, é preferível calar. É por isso que o silêncio é de ouro. 
O silêncio é de ouro, lembra-me os Versos de Ouro de Pitágoras. Talvez porque ambos são preceitos de ouro para viver a Vida. E em associação de ideias também relaciono ao ouro dos alquimistas. 

Talvez porque seja vivendo a Vida, dentro dos preceitos de Ouro, recomendados por Pitágoras, que vamos encontrar o Ouro que os alquimistas tanto buscavam. 

Nas escolas iniciáticas é dada grande importância ao Silêncio, muitas vezes o discípulo começa precisamente a sua aprendizagem fazendo voto de silêncio por um período variável de tempo. 

E é no silêncio do nosso laboratório interior, que solitários, vamos percorrendo esse Caminho que nos irá libertar. 

Alguns escritores dão-nos conselhos sábios: 
“Na hora suave do crepúsculo escolhei um lugar bem solitário para vossa meditação. 

Cessa o falar diurno, fundindo as suas vozes num grande mar de Silêncio. 
Dentro de nós, viviam formas e cultos, as palavras nítidas, as intenções claras. 
Agora todas as formas morrem lentamente ... Ao grande Silêncio do mundo segue-se o imenso Silêncio da Alma;... 

Ponde o vosso Silêncio de acordo com o grande Silêncio das coisas. Ponde o coração de acordo com a sua grande realidade cósmica,...” [6] 

Devemos, “Tentar ouvir com a máxima concentração. Crescendo de silêncio. De tão fundo e tão longe. De tão dentro – Quase êxtase, música do Universo, acorde crescente das esferas. Nota única...” [7] 

Só no silêncio ultrapassamos a nossa qualidade terrena e nos apercebemos da existência divina, presente na natureza e no homem. 

É no silêncio que meditamos, que estamos próximos de nós próprios, que ouvimos a nossa voz interior, através da qual apreendemos a verdadeira realidade, pois “Aquilo que é importante aprender, aprende-se de uma outra maneira, que não por palavras” [8] 

  

E é neste silêncio, que na noite mais escura, encontraremos o Ouro dos Alquimistas, no encontro com o nosso Cristo interno, porque tecemos o Manto Dourado tecido por uma vida pura e estamos prontos para o casamento místico, e a libertação. 

E o Ego, “Então num esforço final começa a ascender para as sublimes esferas, mais elevadas, ao encontro de Jesus, cuja vida ele imitou com pleno êxito e de quem, desde então, se torna companheiro inseparável” [9] 




Fonte: Centro Rosacruz Max Heindel

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