27 de junho de 2008

Se a vida fosse o meu desejo....





Voltei !!



Minha viagem à Chapada Diamantina foi melhor do que eu esperava.

Mas quantas surpresas me aguardavam...

Surpresas internas... lembranças, sentimentos, decisões e insights... e tudo aconteceu naturalmente, sem nenhum esforço consciente.



A natureza é sempre sábia, me pergunto porque que insistimos em lutar contra ??

Eu estava entrando sem querer, numa espécie de tempestade emocional...

E uns dias em contato com a natureza, com muito ar puro e comigo mesma, bastaram para que as coisas fossem para os seus devidos lugares.

Eu ia escrever, que as coisas "voltaram" para seus lugares, mas não voltaram porque algumas coisas tomaram novos (e melhores) lugares dentro de mim.



Isso traz novas ansiedades é verdade, mas isso não é novidade.

A vida é assim. A cada momento de superação, surge um novo desafio pra que nos desenvolvamos e andemos para frente, e com isso sempre surgem novas ansiedades.
(Vixe, falei bunito, hein ?? hahaha)


Mas é isso mesmo.
Eu costumo dizer que queremos sempre alguma garantia de que as coisas "vão dar certo", de que não vamos sofrer ou ter sentimentos de perda, medo, etc.

Sinto em informar que isso simplesmente não é possível.
O que torna a vida essa aventura emocionante é o inesperado.
Já disse Tim Maia : "O inesperado faz uma surpresa... "

Vamo que vamo.


Saudades de minha irmã, Mamá, que tá na Disney se esbaldando com o Mickey Mouse.

Inté !!!





Pão e Poesia

"Felicidade é uma cidade pequenina

É uma casinha, uma colina

Qualquer lugar que se ilumina

Quando a gente quer amar



Se a vida fosse trabalhar nessa oficina

Fazer menino ou menina, edifício e maracá

Virtude e vício, liberdade e precipício

Fazer pão, fazer comício, fazer gol e namorar



Se a vida fosse o meu desejo

Dar um beijo em teu sorriso sem cansaço

E o portão do paraíso é teu abraço

Quando a fábrica apitar



Felicidade é uma cidade pequenina

É uma casinha, uma colina

Qualquer lugar que se ilumina

Quando a gente quer amar





Numa paisagem entre o pão e a poesia

Entre o quero e o não queria, entre a terra e o luar

Não é na guerra, nem saudade nem futuro

É o amor no pé do muro, sem ninguém policiar



É a faculdade de sonhar, é a poesia

Que principia quando eu paro de pensar

Pensar na luta desigual, na força bruta, meu amor

Quem te maltrata entre o almoço e o jantar



Felicidade é uma cidade pequenina

É uma casinha, uma colina

Qualquer lugar que se ilumina

Quando a gente quer amar



Um lindo espaço entre a fruta e o caroço

Quando explode é um alvoroço que distrai o teu olhar

É a natureza onde eu pareço metade

Da tua mesma vontade escondida em outro olhar



E como o doce não esquece a tamarinda

Essa beleza só finda quando a outra começar

Vai ser bem feito o nosso amor daquele jeito

Nesse dia é feriado, não precisa trabalhar



(Ai destino)

Pra não dizer que eu não falei da fantasia

Que acaricia o pensamento popular

O amor que fica entre a fala e a tua boca

Nem a palavra mais louca consegue significar Felicidade "

2 comentários:

Andrea Mentor disse...

Pat, ah se a vida fosse só e sempre o meu desejo, que graça teria... Dizem que temos que ter cuidado com o que desejamos. Mais cedo ou mais tarde, os desejos se tornam nossa realidade. Já pedi tanta coisa nessa vida e, garanto, sempre fui atendida. Mas, nem sempre pedi certo. Perdi muito, eu sei. Mas, pra minha surpresa, aprendi horrores... Nada é tão importante e especial quanto ganhar um aprendizado. Nada é tão gostoso quanto uma surpresa, quem vem e o que vem com ela! Tô muito feliz que voltou! Beijo grande

Dulce Dedino- psicanalista disse...

Amiga temos nos falado pouco. Mas vendo seu blog fico atualizada sobre você! Sempre inteeeeeensa. Beijo.