14 de agosto de 2008

Nunca Mais Outra Vez

Fui na acupuntura hoje. Que maravilha! Que Beijing 2008, que nada! Viva a Medicina Chinesa! E como eu tava precisando. Só Deus (e Marcela- hehe) sabem. Depois da acupuntura, quase 2 horas de massagem. Tô nova !!!! Na volta pra casa, ouvi no rádio uma música que é a cara do meu ex namorado, o Cacá. Ele, que eu amei muito e por muito tempo, e de quem hoje só guardo boas lembranças, foi o grande amor de juventude. Chegando em casa, Marcela me envia um texto -bem propício ao meu dia de hoje, que eu havia mandado pra ela uns tempos atrás. Fico pensando se a vida se repete. Quero novos erros e mais acertos, sem repetições. Um dia chego lá. Segue texto e música. Nunca Mais (Miguel Falabella) Hoje estou desatando da memória as imagens de amor. As minhas, as nossas imagens de amor, porque as coisas são como são: no momento em que escrevo e no momento em que você lê, abrimos esses arquivos de imagens geradas a partir do amor, que são - vamos admiti-lo antes que seja tarde, - os nossos arquivos prediletos. Tudo o que realmente nos interessa está arquivado ali. Na câmara escura das nossas recordações. Imagens que vamos recolhendo vida afora. Elas têm nome e uma história para contar, cada uma delas. E nostalgia. Nada mais é do que a saudade da emoção vivida, num determinado momento que passou veloz. Emoções e emoções e ainda tanta emoção a ser vivida! Muito além dos indivíduos, além das particularidades. E todas essas químicas se processando no nosso corpo, pois há quem diga que amor nada mais é do que uma sensação provocada, para evitar a loucura da espécie e perpetuar o predador. Uma ilusão passageira, uma descarga de substâncias certas no sistema. Lubrificação. Cuidados com a máquina. Seja lá o que for, andei tomando resoluções práticas para a existência. Porque nunca mais nesta vida quero ter saudade de beijo. Nunca mais a nostalgia daquele mundo de línguas dançando balé no céu das nossas bocas. Nunca mais! E juro que nunca mais nesta vida quero tentar entender o amor. Quero deixar que ele passe por mim, como um pé de vento que sopra folhas e poeira num arranjo aprumado. Eu fico ali, no meio do redemoinho, só achando tudo muito bom. Depois, o amor se vai e a gente continua a tocar a existência. Assim é que deve ser. Nunca mais nesta vida quero gente se indo. Já está de bom tamanho. Coração da gente vai absorvendo os golpes: que são muitos e de todos os lados, sempre. Com quase todo mundo é assim. De repente, as pessoas começam a ir embora, por morte matada e morrida, por desamor, por tristeza, por ansiedade, por medos diversos, seu coração vai recebendo as pancadas e uma hora dá vontade de dar um berro, sair vomitando as mágoas todas que a gente foi engolindo. Nunca mais gente partindo sem motivo aparente, sem dar nome aos bois ou uma denúncia vazia. Nesta vida, nunca mais! E nunca mais, nesta breve passagem, a palavra não dita, o gesto parado no ar, dissolvido antes do afago. Nunca mais a dose nossa de orgulho besta, a solidão das noites perdidas por amor desenganado, o coração parado, à espreita. Isso, não. Quanto mais o tempo passa, mais a urgência da felicidade ilusória e da química do bem-estar, essas coisas todas que se operam em nossos íntimos. Nunca mais. Nunca mais um dia atirado ao nada, nunca mais o verbo que não se completa, todas as palavras que não foram ditas - verdades -, todas elas, uma após a outra, formando frases, pensamentos, sentimentos, amor costurando o texto, que é linha que não refuga de jeito nenhum. Nunca mais! O coração se magoando todo o dia, a gente engolindo sapos e lagartos e se esquecendo de que é capaz de mudar cada uma das histórias, reescrever o livro das nossas vidas. Uma hora mais cedo e a cena teria sido outra ou o que teria acontecido se você não tivesse ido àquele lugar, àquela noite, quando o universo conspirava contra nós, ou a nosso favor? Quem é que vai nos explicar? Ninguém. Ou alguém. OUTRA VEZ (Roberto Carlos) Você foi! O maior dos meus casos De todos os abraços O que eu nunca esqueci Você foi! Dos amores que eu tive O mais complicado E o mais simples prá mim... Você foi! O maior dos meus erros A mais estranha história Que alguém já escreveu E é por essas e outras Que a minha saudade Faz lembrar De tudo outra vez... Você foi! A mentira sincera Brincadeira mais séria Que me aconteceu Você foi! O caso mais antigo E o amor mais amigo Que me apareceu... Das lembranças Que eu trago na vida Você é a saudade Que eu gosto de ter Só assim! Sinto você bem perto de mim Outra vez... Me esqueci! De tentar te esquecer Resolvi! Te querer, por querer Decidi te lembrar Quantas vezes Eu tenha vontade Sem nada perder...Ah! Você foi! Toda a felicidade Você foi a maldade Que só me fez bem Você foi! O melhor dos meus planos E o maior dos enganos Que eu pude fazer... Das lembranças Que eu trago na vida Você é a saudade Que eu gosto de ter Só assim! Sinto você bem perto de mim Outra vez....

2 comentários:

Marcela Oliva disse...

Estava relendo meus e-mails e achei esse que vc me enviou... depois das nossas conversas nos ultimos dias, pensei em te mandar.

Lindo post hj!!!

E eu quero massagemmmmmmmmm eu mereço! rsrsrs

bjo-bjo

Andrea Mentor disse...

Pattttttttttttt, socorro!!! Nunca mais mesmo!!! Tô passando mal aqui, depois de ler seu post... Tô passando mal, mesmo!! E o vulcão daqui quase em erupção, desde o dia que tive que aceitar que "amores vem, e vão". E ele, o amor, foi. Na verdade, disse que foi, mas continua aqui, um hiato na minha vida, independente de qualquer outro amor. Esse é um segredo tão grande... Tive que desfazer o laço, mas não soltei a fita. E acho que não vou conseguir soltar, NUNCA MAIS! Tô cansada, de tanta saudade.